Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo: Articulação entre Movimento
Estudantil e Movimentos Populares.
A oficina “Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo: articulação
entre Movimento Estudantil e Movimentos Populares” aconteceu na sexta-feira, dia
26 de março de 2010, no Fórum Social Urbano – FSU, no Rio de Janeiro. Teve a participação de 22
estudantes de arquitetura e urbanismo, 1 professora, 2 advogados que atuam com
assessoria jurídica, 1 arquiteto e 2 membros de movimentos populares. Abaixo
segue um pouco das idéias que permearam a oficina e a lista dos presentes com
seus contatos.
Esperamos que esta oficina impulsione muitos trabalhos, por
isso é fundamental o trabalho continuo. Estamos apenas começando!
Pontos de discussão da oficina:
A discussão se pautou
essencialmente no papel dos EMAUs para a
sociedade, universidade e para os próprios acadêmicos além de destacar a
articulação do mesmo com outros atores no cenário urbano.
- O
papel da Universidade na promoção
da extensão, tanto públicas quanto privadas;
- EMAU
como disciplina ou extensão com bolsa;
- Pedagogia
do EMAU;
- Autogestão;
- Projeto participativo;
- Papel
político, social e acadêmico
do EMAU, do estudante e do profissional;
- Preparo
para prática profissional,
aproximar a formação acadêmica da relação; projeto e execução da obra.;
- Gestão
do processo do projeto – experiências e ensinos mútuos;
- Consciência
de classe, de movimento;
- Articulação
entre Universidades e os Movimentos
Sociais e ONGs;
- Aproximação
com os Escritório Modelo de Direito
com EMAUs, principalmente com questões ligadas à regularização fundiária;
- Assistência técnica (semelhante
assessoria jurídica):
- Popularização
da profissão frente a população
- Padrões de habitação adequados,
não se restringir aos parâmetros de alta e média renda
- Como
garantir a qualidade do
serviço oferecido?
- Reconhecer
o lugar do projeto privado/particular;
- A
legalidade da instituição – o papel do arquiteto formado;
- Parceria
entre EMAU e o profissional de Arquitetura e Urbanismo;
- FINHIS
como possibilidade de verba;
- A cidade que queremos
GRUPO1
Formas de articular e permanecer
articulados os movimentos estudantil e populares?
- Assegurar
a organização de todos os movimentos envolvidos;
- Buscar
interação virtual: Usar ferramentas que já existem, tanto da FeNEA
(e-grupos, fórum, site, sites ou blogs dos EMAUs, etc.) como de outros
movimentos, como o FNRU. Aliado a
isso criar um banco de dados para iniciar uma rede que facilite a
comunicação, como um fórum, além de Tentar definir eixos de atuação e agir
neles.
- Criar
um vínculo mais forte com o EMAU através da troca de experiências.
- Reconhecer
demandas e espaços de ambos os movimentos, sem tender para um dos lados e
traçar um paralelo a partir disso na busca de lutas comuns.
- Buscar
estímulos mútuos;
- O
que incentiva a Fenea a continuar?
- O
Escritório Modelo na essência já é algo motivador, a busca que ele
provoca pelo crescimento profissional e pessoal através troca de idéias e
experiências, ás vezes até direcionando para o foco onde gostaria de
atuar profissionalmente.
- A
oportunidade de enxergar a profissão de maneira transformadora,
acreditando na perspectiva de construir uma cidade mais igualitária,
fugindo da visão “fútil” por vezes transmitida pelo curso acadêmico.
- Perceber
que o aluno tem poder de contribuir de alguma forma para a transformação
do meio em que vive, mesmo que ás vezes seja melhorando a vida de apenas
uma pessoa.
- Os
obstáculos também são incentivos: a luta para conquistar os objetivos, a
complexidade de lidar com os pensamentos e idéias de outras pessoas, as
dificuldades de lidar comum projeto de cunho social
- Encontrar
pessoas que têm as mesmas ânsias e o convívio com pessoas de diferentes
períodos do curso.
- A
Tomada de consciência própria e da realidade, de processos internos
pessoais e de sua profissão e a partir disso buscar aprofundar cada mais
nas complexidades espaciais, urbanas e arquitetônicas.
- Apesar
de tantos questões que incentivam as pessoas a continuar, a sensação de
impotência diante de determinadas barreiras causa algum desestímulo.
GRUPO2
Como, então, articular e manter a
articulação dos movimentos estudantil e populares?
- Comprometimento
das partes, assumir as responsabilidades, organização de metas e conclusão
do projeto;
- Garantir
a qualidade do projeto;
- Pensar
formas e espaços de inserir os movimentos dentro da universidade;
- Inclusão
de modelos de gestão pós-ocupação como demanda do EMAU;
- Análise
profunda/ leitura crítica das áreas e atores sociais envolvidos;
- Exemplo
de métodos para garantir o compromisso entre os movimentos;
- Capacitação
dos estudantes envolvidos;
- Não
criar demanda e trabalhar com movimentos organizados;
- Garantira
de documentação e memória;
- Construção
de redes de contato;
- Comprometimento
com benefício coletivo;
GRUPO3
Como, então, articular e manter a
articulação dos movimentos estudantil e populares?
- Fortalecimento/
Consolidação do EMAU;
- Divulgação
- Respaldo
Institucional
- Remuneração
através de instituição (ONG, Universidade).
- Procura
de métodos de trabalho e gestão e desenvolvimento
- Envolvimento
em eventos (Audiências públicas, cursos, eventos acadêmicos) junto a
movimentos sociais locais e nacionais.
- Procurar
meios de comunicação externos à Universidade (Panfletos, grupos de email).
- Procurar
convidar os movimentos sociais aos encontros anuais dos EMAUS (SeNEMAUs)
para também colaborarem nas discussões;
- Procurar
sempre manter uma receptividade com os movimentos sociais, tanto para os já
atendidos, quanto para futuras possibilidades de contato;
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Ĉ Usuário desconhecido, 12 de abr. de 2010 09:07
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